domingo, 2 de setembro de 2012

Primeiro de setembro

Nem lembrava mais do nome do blog. No ano e meio mais corrido da vida consegui esquecer de tudo. Esqueci de ler, de ir ao cinema, de escrever. Mas consegui lembrar de umas tantas outras coisas. Academia, cervejas, maracatus, viagens. E trabalho, muito trabalho. Muito trabalho. Mas não se foram todas dúvidas, todas ilusões, todos devaneios. E quero retomar esse diário virtual porque eu sei que minha cabeça nunca pára de imaginar...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mania de você

Que mania idiota de criar uma expectativa besta muito maior. De pensar que tudo vai ser um sonho encantado. Um conto de fadas. Mania de pensar no príncipe chegando, em um cavalo branco, com seus cabelos reluzentes. E que mania de chorar depois, lágrimas que não afogam as tristezas. Que não diminuem o sofrimento. E que trazem mais dor. Que mania de querer ser infeliz.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Comportamento

A felicidade nada mais é do que a soma de momentos bons. Quando se vive tendo esses momentos, vive-se uma vida feliz. Mas acho que a questão real, muito mais do que um conceito teórico de felicidade, é: como ter tantos momentos bons? Se precisamos trabalhar 10 horas por dia, se ganhamos pouco, se nosso trânsito é estressante, nosso chefe mal humorado e nossa esposa é frígida? Se precisamos de roupas novas para estar na moda e nosso salário não vence, se sonhamos com um manequim 38 mas não conseguimos sair do 44, se nosso marido só pensa em futebol e cerveja e esquece de lavar a própria cueca? O segredo, meus amigos, é aprender a desfrutar os pequenos momentos e vivê-los como se fossem os tais 'bons momentos'. Sim, aos que pensam que isso está embasado em algumas teorias psicológicas, não se engana. Na verdade o problema de nossa vida não é o problema em si, e sim a forma que o encaramos. E a felicidade é a mesma coisa. Importante prara ser feliz não é ter uma família de propraganda de margarina, uma conta poupança recheada e o melhor emprego do mundo, e sim encarar nossa vida muitas vezes medíocre, nossa família muitas vezes disfuncional, nosso salário muitas vezes modesto e nosso emprego, muitas vezes cansativo, de uma forma positiva. E a partir daí extrair o que de melhor que a vida pode nos oferecer. E aí é relaxar e gozar, porque dessa vida, meu chapa, ninguém sai vivo mesmo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Uma noite solitária

Ah.. paixão. Como eu queria me apaixonar perdidamente.
E perder os sentidos, a razão, a vergonha.
Perder a alma, o juízo, o destino.
E no ócio de agora, olhando perfis apaixonados em facebooks alheios, me invado de inveja.
Quem me dera, eu, estar apaixonada. E ser correspondida....

domingo, 15 de maio de 2011

André e seus formatos

Agumas latas de cervejas jogadas e alguns tocos de cigarro no cinzeiro. Não tenho chuveiro nem camisinhas. Não tenho sofá. Tenho um colchão no chão e um laptop com pouca utilidade. Tenho Luz. Mas o básico não basta, infelizmente. Preciso da tecnologia. Preciso do amor. Não quero mais cerveja, cigarro, laptop sem acesso a internet. Eu quero um chuveiro decente, um pacote de camisinhas, um sofá charmoso e um mar de tecnologias. E amor, muito amor.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Nirvana

É estranho que alguém que tão pouco conheço possa dominar tanto meus pensamentos. Volta e meia ressuge seu jeito, seu cabelo, seu sorriso. Sua voz, seu braço, seu abraço. E me pego pensando de novo como queria tê-lo aqui comigo. Que esse dia chegue muito antes que o esperado. E que tudo seja mesmo como me parece ser...


Escrito em 24 de abril de 2011 5:59

sábado, 30 de abril de 2011

Na Natureza Selvagem

Agora tenho um CID: Viver só. E hoje, também um outro: insônia. Já são dois motivos suficientes pra voltar a escrever e reativar esse diário virtual. Mas não é só isso: é um mundo de pensamentos que surgiram, estimulados por um filme um tanto quanto libertário e pela solidão inerente a qualquer noite. Estou conhecendo meu próprio mundo, estou vivendo meus jeitos, meus pensamentos, minha manias. E a alegria do sonho realizado se confunde com um mar de sentimentos que vem e vão como ondas. Eu sei que esse é um grande passo, mas eu preciso de mais...


“A felicidade só é verdadeira quando é partilhada”

Escrito em 24 de abril de 2011 5:51

terça-feira, 5 de abril de 2011

Efeito e reação

Eu tenho a impressão que se eu não tivesse o medo bem estaria melhor.
Mas o medo nada mais é do que reflexo do que passei e das experiências que vivi.

Aos 15 eu não tive medo. Aos 20 eu tive receio. Aos 24 eu morro de medo.

E quem sabe, dessa vez, a vida me mostra que eu fui idiota em me precipitar.
E que poderei esquecer das vezes que, por falta de medo, sofri demais.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O ciclio se fecha. E recomeça.

Estou bem triste. Vejo que não consigo elaborar esse luto.
4 anos deveria ser tempo suficiente. Como pode não ser??

E lá vem o psicodália de novo. Dias para esquecer dos problemas.
4 dias para ser feliz como eu gostaria de ser o ano inteiro.

E a lista de novo...

*DO LAR
-Barraca
-Saco de dormir
-Colchonete
-Cobertor
-Lanterna (com pilhas!)
-Lona
-Cadeado (para garantir a integridade das suas coisas)

*DO CORPO
-Camisetas
-Bermudas
-Calça
-Casaco (vai fazer frio, tenha certeza)
-Roupa Íntima
-Chinelos / Sandálias / Tênis
-Roupa de banho
-Cartucheira / pochete

*DAS MULHERES
-Escova de cabelo
-Elásticos de cabelos
-Absorvente
-Manual de Massagem Tailandesa

*DOS HOMENS
-Lâmina de barbear
-Espuma de barbear
-Kama sutra

*DAS GARANTIAS
-Comprovante de depósito
-Ingresso
-Dinheiro
-Autorização para viagem assinada pelo papai, caso seja menor de idade.
-Documento de identidade, comprovando que você seja deste planeta.

*DA LIMPEZA
-Toalha de banho
-Sabonete
-Desodorante
-Escova e pasta de dente
-Protetor solar
-Repelente
-Detergente
-Chapéu
-Óculos escuros
-Papel higiênico

*DO ROCK’N ROLL WAY OF LIFE
-Camisinhas
-Cigarros
-Bebidas diversas
-Outros
-Fazedor de fogo
-Cachaça artesanal de sua cidade
-Instrumento musical

*DAS DIVERSÕES
-Bolinha e taco
-Jenga
-Baralho de truco
-Baralho normal
-Dominó
-Dados
-Outros

*DA ALIMENTAÇÃO
-Bolachas doces
-Biscoitos salgados
-Doces doces
-Salgados salgados
-Prato
-Talheres
-Copo / caneca

*DOS DESCARTÁVEIS
--MP3 player (vai ouvir aonde? Na excursão? Oras, vais perder a oportunidade de já conhecer -pessoas logo na primeira oportunidade?)
--Colchão Inflável (Dá trabalho pra encher, dá trabalho pra cuidar de não estourar, dá trabalho para dormir quando está quente... É melhor nem se estressar)
--Muita roupa (Estética e culturas de massas só são apreciadas nos grandes centros.)
--Máquina digital (A não ser que você saiba o que está fazendo e já o tenha feito antes, é melhor não se arriscar)
--Celular (Pra quê? Pra mamãe ligar? Pra saber que horas são? Pra ligar e pedir uma pizza? Desnecessário, não? A melhor coisa é passar esses 5 dias longe de todas as tecnologias!)
--Relógio (Coma quando der fome, durma quando der vontade, acorde quando puder... Tudo fica mais divertido!)
--Capa de chuva

*DA CONSCIÊNCIA
-Sacos plásticos
-Remédio para: alergia, dores, azia.
-Um cantil com água (garrafinhas já ajudam!)

*DICAS
--Sacos em tudo, antes de sair de casa, embale tudo o que pode molhar em sacos plásticos. Assim, quando chover, em qualquer ocasião, você se salvará. É uma coisa que dá pouco trabalho e pode salvar sua vida. (*Não inaugure plástico... Reaproveite as sacolas de supermercado já utilizadas...)
--Dor de cabeça – A dor de cabeça na ressaca é causada pelo consumo de seu organismo da água contida no seu cérebro. Os remédios são piores do que uns bons litros de água.
--Canga – Para as tardes de sol, para as noites de lua, para as madrugadas de porre...
--Papel e caneta – Deixe na barraca! Nunca se sabe quando vai precisar de um para anotar telefone, sinalizar sua barraca, etc...
--Velas – Podem ajudar em uma iluminação simples ealem disso, se for de citronela, espanta mosquitos.
--Água – Ter um galão de 5 litros de água salvará sua vida as 9 da manhã de um dia de sol. Só mantenha ela fora da exposição do sol!
--Livro – Caso seja um amante da leitura, o Psicodália é um lugar inspirador
--Limpe em baixo de sua barraca antes de montar!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

universitária

Eu passava o dia inteiro no hospital. Biblioteca, lancheria, sala de aula, centro acadêmico, ambulatório, emergência. Cansei de almoçar no refeitório, conhecia cada macete da prescrição eletrônica usada na enfermaria, cumprimentava os funcionários da faculdade. E quando imaginava como seria minha vida longe de lá, já era invadida por uma saudade premeditada. Não me imaginava um dia sequer passando longe do hospital, do centro acadêmico. Longe das conversas com o tio do xerox, dos papos infindáveis no DA, dos assuntos nos corredores, das discussões sobre casos clínicos complexos. Ainda lembro de como falava "Não sei como vai ser minha vida sem isso aqui.". E agora, 1 mês trabalhando em outro local, longe de tudo e de todos, pela primeira vez eu lembro que deveria estar sentindo saudade. E por mais que tanto tenha achado que sofreria por causa da distância, hoje estou feliz, pensando no futuro e deixando pra trás tantas coisas boas.
Afinal o passado, infelizmente, não volta.

E o presente pode ser ainda melhor.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Durma bem.

Cheguei bem cansada. Havia passado o dia sonhando com meu travesseiro fofo e minha caminha bagunçada. Durante o dia inteiro tudo que eu mais quis foi chegar em casa e repousar minhas medeixas, esquecer os problemas e dormir o tempo que me conviesse. E foi isso que fiz. Botei o pijama, relaxei e deitei. Mas não consegui dormir. Os problemas voltavam, estantaneamente, (e totalmente alheios à minha vontade) a meus pensamentos. A cabeça não parou quieta, aprontou, vôou, entresticeu, questionou. E em meio a tantos questionamentos, tantas questões que parecem não ter fim, resolvi levantar.
Lavei louça, roupa, limpei o quarto. Li algo, vi TV, procurei apartamento no jornal, reli e-mails, pensei sobre o findi, usei o telefone. E quando me dei conta já passava da hora de dormir. A cabeça, agora, mais quieta. Ocupada, conseguiu deixar os entraves de lado. Não só o quarto, mas, às 23h, a vida parece mais arrumada. Seja porque algumas coisas estão mais claras, ou seja simplesmente porque agora sim está na hora de dormir. E dessa vez nada, nenhum pensamento ambivalente, confuso ou melancólico, vai tirar meu sono.
Boa noite.



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O tempo parou.

Entender a cabeça humana é coisa mais complicada. Eu penso, penso. Pondero, reflito, e não saio do lugar. Não consigo entender como surgem os preconceitos e como se sedimentam, tão profundamente, na cabeça daqueles que justamente deveriam estar abertos a diversidade. Racismo, homofobia, xenofobia, machismo. Isso não traz nada de bom à nossa sociedade, só reforçam a segregação, a guerra e a intolerância. E eu preciso aceitar que nem todos estão em 2011. Tem gente que parou no tempo e que ainda pensa como meus bisavós, gente que não evoluiu nem um pouco. Triste, muito triste.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Brilho eterno de uma mente com lembranças

O prazer de um dia bom vai embora quando lembro dele.
Se pudesse apagava toda essa história de fantasia que inventei há 8 anos.
Apagava tudo da memória.
Não faz mal que não ia lembrar mais dos momentos bons.
Esses já não tem valor, afinal, recordá-los, só traz mais dor.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Medo

Comecei a ler a coluna dominical do Paulo Sant'ana. Como de costume, nem cheguei a terminar. Ele falava do medo que sente diariamente na hora de dormir. Que eventualmente perde o sono por causa de tal sentimento e que gostaria que, compreendendo a inexorável importância do medo pra perpetuação da espécie, tal agonia viesse visitá-lo em frequencia esporádica, e não rotineiramente como de costume. E por um acaso do destino me vejo assim: 1 e meia da manha. Já deveria estar dormindo, me preparando pra mais um dia comum de serviço amanhã. Mas não é: é o primeiro dia de uma responsabilidade que resolvi assumir. Não sentir medo seria quase uma afronta à realidade tão difícil e complexa. Eu sei, é natural e totalmente compreensível o que estou sentindo. Mas não deixa de me fazer sentir triste, agoniada e aniosa.
Eu só não queria era perder o sono por causa desse sentimento chamado medo...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Limpei

De tempos em tempos precisamos parar tudo que estamos fazendo para fazer uma arrumação. Doar roupas que não usamos mais e o pior, jogar fora papéis velhos que, no meu caso em especial, tem mania de se acumular por todos os lados. E como eu me apego a tudo que me pertenceu, costumo deixar essas arrumações sempre pra amanhã. Não tenho a mínima vontade de jogar fora o meu passado. E assim, sempre deixando para amanhã, empurrando os papéis (em pilhas) para dentro de armários, para o canto do quarto, para onde quer que haja um espacinho, esperei 6 anos para criar coragem e simplesmente jogar tudo fora. Sim, a alegria do papeleiro. Hoje é um o diao de desfazer-se daqueles sonhos que ficaram lá atrás. Resumos de anatomia, livro de neurociência, pastas da Unimed, da Roche e de mais trocentas industrias farmacêuticas. Lembranças de congresso em que me sentia tonga porque tinha um lacre de “Não prescritora” no crachá, e que corria atrás dos promotores para ganhar algum livro besta que nunca iria ler. Lembranças de aulas que pouco entendia, mas anotava tudo com a idéia de que um dia voltaria a ler. Lembrança de um curso integral, que me tomou todo o tempo, e que me fez sempre muito feliz.

Em momentos também tive que jogar fora lembranças de amores passados, cartas, rescunhos, poemas, recordações. Desenhos rabiscados, anotações idiotas. Tudo, tudo fora.

E com a casa limpa, sem mais papeleira amontoada juntando pó e trazendo o passado à tona, sei que posso seguir adiante. Num outro canto, não mais à sombra do passado. Só quero o futuro.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Like 06

Entrar no msn e procurar, incessantemente, a presença dele me remete há 2006. Quatro anos se passaram e um simples erro pode ter feito com que o tempo voltasse atrás. Se um dia a dor e o sofrimento se repetirem, então, não haverá outro culpado além de eu mesma. Cada um escolhe o peso que consegue carregar nas costas e eu decidi, certa vez, que não traria mais essa dor comigo. Mas naquela noite, regada a cerveja e música eletrônica, cercada por gays insanos, me rendi mais uma vez à minha paixão. E triste queria esquecer, de uma vez por todas, que tal noite existiu.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

On the road...

"Gosto de muitas coisas ao mesmo tempo e me confundo inteiro e fico todo enrolado correndo de uma estrela cadente para outra até desistir. Assim é a noite e é isso que ela faz com você, eu não tinha nada a oferecer a ninguém, a não ser minha própria confusão."

(In)Sensatez

A emoção que sente uma menina de 14 ao festear com uma grande amiga, ao fumar o primeiro cigarro, ao se apaixonar, definitivamente não é a mesma emoção que sente a mulher de 24. O tempo faz com que as coisas tornem-se banais, as emoções torma-se maduras e o sentimento, bem mais sensato. Apaixonar-se: pelo cara certo. Levar um pé: nada de mais. Cigarro: só mais um. Festa: só mais uma. Talvez seja porque aos 24 aquilo que faz com que a gente pire são coisas totalmente diferentes. O primeiro emprego, primeiro salário, concluir a faculdade, entrar no mestrado, fazer amizades verdadeiras, ajudar alguém que esteja precisando. Isso emociona muito mais do que aquelas futilidades que emocionavam a pré-adolescente. E hoje não mais adolescente, mais ainda jovem. Trago em mim muitos sonhos, mas nem tanta emoção.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

My live style

Fazer o que os outros gostariam que eu fizesse, ou agir como pensam que eu deveia agir, tornaria tudo mais fácil. Baixar a cabeça e obedecer ordens é mais fácil que se dispor à revolução. Mas aí eu não estaria vivendo a minha vida.

Agradeço os conselhos, pego a mochila e sigo em frente: vou sofrer, vou ter perdas. Vou me endividar. Vou amar e não ser correspondida. Vou me gripar e quem sabe acabar com uma pneumonia.

Eu preciso passar por tudo isso. E sigo em frente, sabendo que não haverá arrependimento algum.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Eu quero sal.

Medíocre não é aquela pessoa que é de todo ruim ou do mal. Medíocre é aquele está sempre beirando a mesmice, que não consegue ser bom ou ótimo em nada, nunca se joga de cabeça em um sonho, mas também nunca se atém demais. O medíocre não consegue irritar as pessoas pois geralmente nem é percebido. Ele comparece mas ninguém o vê. Ele bebe mas não toma trago. Ele trabalha mas não é promovido. Ele só vai aonde os outros vão, não tem vontade própria, não é criativo, não tem idéias. Ele não inova. O medíocre gosta de muitas coisas mas não se dedica a nada. Não termina um livro nem vê um filme até o final. Ele não é pontual, mas não se atrasa a ponto de levar sermão do chefe. Ele não ama nada de paixão mas também não é capaz de odiar.

Enfim, medíocre é aquele que transa mas não tem orgasmos. E dessa mesmice anorgásmica e insossa quero distância. Um 2011 longe da mediocridade...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Caminho num...

...labrinto que tem passagens por todos os lados, e sempre escolho o caminho que me parece mais atraente. E acabo me perdendo mais ainda.
Esse labirinto não tem fim, não tem entrada ou saia, e muito menos um centro. É um labirinto complexo e confuso e quanto mais a gente tenta compreender mais bizarro ele se mostra. O que parecia um traço reto, se transforma na parte mais tortuosa do caminho. O que parecia o trajeto mais longo, quando vê já se foi e já estamos procurando um novo rumo a seguir.
E esse labirinto nada mais é do que a vida.
Tão confusa, complexa, maravilhosa.
Se assim não fosse, não teria graça.
E que venham próximas escolhas, proximas jornadas. No amor, na vida profissional, na diversão. Que venha mais muita vida.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Gay

Acho todo tipo de preconceito abominável. A homofobia é um dos preconceitos mais inseridos em nossa cultura. Desde comentários de mal gosto que todos nós proferimos diariamente sobre gays até as piadas que esculacham e humilham as 'bibas', em nossa sociedade é comum denegrirmos e rebaixarmos os homossexuais. Assim como em relação racismo, a vida me ensinou a pegar nojo da homofobia, e toda e qualquer manifestação anti-gay por si só já me irrita e muito. Mas fico abismada ao ver futuros profissionais da saúde com esse tipo de pensamento. Alguém que escolheu medicina (enfermagem, psicologia...) deve (em tese) ter paixão pelo ser humano. Deve ser alguém que zela pela saúde e bem estar do próximo, uma pessoa que acima de tudo AMA o próximo. Aceita as características, que não julga pela sua cor da pele ou opção sexual. O paciente pode ser bandido, prostituta, político... no momento que for nosso paciente não deve haver julgamento, e o indivíduo deve ser tatado como outro paciente qualquer. Por isso que não entra na minha cabeça como um estudante de medicina pode ser tão homofóbico a ponto de sugerir que pacientes gays recebam tratamento errôneo. Nesses momentos eu penso: quem sabe não chega o dia em que o vestibular caia fora, e exista, então, uma forma de avalaiar as características que realmente importam para um bom médico: caráter, respeito e amor ao próximo.

Hoje

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal...
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar a boca de um jeito que te faça rir

Hoje eu preciso te abraçar...
Sentir teu cheiro de roupa limpa...
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz!

Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua!
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria...
Em estar vivo.

Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar...
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia...
Que eu faço tudo errado sempre, sempre.

Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Chorando

Hoje foi um dia de recordar coisas ruins. Conversando com uma amiga, resolvi contar algumas das desventuras amorosas pelas quais já havia passado. É claro que, já que algumas estórias precisavam ser censuradas, escolhi contar aquelas que mais me derrubaram. E nesse hall de contos configuram dois episódios únicos: Lembrei da vez que fiquei mais de 1 ano apaixonada por um gay enrustido (e como descrobri isso de forma totalmente absurda) e da vez que levei dois chifres do mesmo cara. O primeiro episódio arrastado, dolorido. O segundo, um soco no estômago. Mas que desceu redondo como uma Skol e pouco deixou marcas. E agora estou lembrando da verdadeira dor amorosa que senti. O dia que perdi meu grande amor.
E estou tao triste por motivos acadêmicos que percebo, pela primeira vez, que sofrimento, tristeza é tudo igual. Não importa se é a perda de um verdadeiro amor, se é saudade, dor de cotovelo, ou se é um fracasso na vida profissional. Dói igual: vem um aperto no o peito, as lágrimas caem involuntariamente e o cérebro nada faz além de recordar, repetitivamente, o mesmo tema.
E se serve pra me consolar, penso que se já superei tantas dores, sei que não vai ser dessa vez que serei vencida. Se a vida não é fácil pra ninguém, porque pra mim seria??
Seco as lágrimas e sigo em frente: não posso estar inchada amanhã, um novo dia.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um momento um tanto quanto peculiar

Realmente. Um dia caímos na real que as coisas que tem valor de verdade tomam conta da gente, e paramos de nos preocupar com besteiras mundanas (coisas como 'perdi o show do Paul').

E na correria (ou no ócio) pré formatura eu desejo nunca mais ter que passar por isso. Pensar em vestido em cima da hora, convite que desconfigura e não posso mandar imprimir, detalhes da festa, organizar a missa (quem mandou entrar na comissão???) são só alguns dos estresses inerentes a esse período.

Período que devia, na verdade, ser isento de tudo isso. Não é.

Para me acalmar fico sonhando como será se tudo der certo. Olho meu currículo, acredito nele.

E tento acreditar que um dia vou pular de alegria e pensar 'sim, deu tudo certo....'

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Homem primata

A culpa é proporcional a pressão.

Quanto mais nos pressionam e nos obrigam a sermos belas, saradas, magras e bem cuidadas, mais a gente sente mal estar por termos gazeado a academia, por comermos aquele pedaço de torta de chocolate ou por deixarmos as unhas para depois de amanhã.

Quanto mais a sociedade nos obriga a sermos produtivas, inteligentes, atualizadas, mais a gente se cobra e se sente mal por não estudarmos tanto quanto poderíamos, não nos dedicarmos ao trabalho, estudo, tanto quanto deveríamos.

Afinal, fica a pergunta se a culpa é proporcional às cobranças.

Será que é por causa da culpa que malhamos, que fechamos a boca, que estudamos ou trabalhamos direito?

E é certo?

Não seria melhor se a gente se dedicasse aos esportes porque praticá-los é prazeroso?

Se estudássemos porque gostamos de absorver conhecimento?

Se trabalhássemos mais porque compreendemos que a nossa produtividade poderá levar a sociedade a avançar?

Será que isso nada tem a ver com os altos índices de depressão que permeiam nossa sociedade? Ou com o fato da síndrome de burnout ser a terceira maior causa de afastamento de trabalho no ano de 2009?

Esse é o mundo que queremos?

Podemos fazer algo para mudá-lo? Melhorá-lo?

Ou, como sempre, vamos baixar a cabeça e nos adequar a essa sociedade egoísta, individualista e selvagem?

Um novo passo, uma nova vida.

Cansei de tudo.

Sim, essas coisas do passado me cansam tanto que eu não tenho mais saco.
Orkut, facebook, twitter.
Conversas no msn.
Eu perdi a vontade de tudo isso.

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"Me mato pra não morrer".

Como diz a música: me mato.
Sonho com o amanhã, com dia 14 de novembro.
Fim da morte e início da vida.
Chega logo, chega!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Show da vida

Eu estava bem chateada. Não havia ido no show do Paul.
Sim, foram por motivos financeiros. Mas devo confirmar que se houvesse me empenhado talvez conseguisse emprestado um trocado pra ir. Mas não fui.
Até que me dei conta: faltam 5 dias pra eu fazer uma prova que vai definir meu futuro.
Falta 1 mês e pouco pra eu me formar em um curso que preencheu 6 anos de minha vida.

Eu tenho que me dedicar, isso que importa.

Ficar triste porque perdi um show? Que besteira, tem coisas bem mais importantes nessa vida.

Como a prova, que vem aí semana que vem.
E que venha bem.

sábado, 6 de novembro de 2010

Família

Nunca ninguém falou que viver ia ser fácil.
Não é.
A vida é com uma corrida de obstáculos. A gente não pode parar de correr nunca senão é desclassificado, e o tempo todo tem uma barreira que nos exige um esforço ainda maior que o habitual para seguir na disputa.
Por alguns obstáculos até podemos desviar, mas pela grande maioria somos obrigados a passar, e mesmo que a gente o derrube vez ou outra, precisamos dar a volta na pista e passar, de novo, pelo mesmo obstáculo.
E que barra.
Enchendo os olhos de lágrimas parece que as forças se renovam.
E eu sigo adiante até que consiga, de uma vez por todas, passar por essa barreira e consiga viver sem mais esse problema em minha vida.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Como uma onda no mar

Que doidera. Na vida a gente tem certeza de muitas coisas. Ou acha que tem certeza.
De repente vem uma onda gigante (sim, um tsunami!) e muda tudo de lugar. Fica aquela sensação de... ué por tanto tempo acreditei naquilo e agora descubro que não é mais verdade?

Pois é, amei um rapaz por 4 anos e um dia me dei conta que não queria mais.
Quis arquitetura e sonhei em estilizar casas... acabei médica.
Comprei um violão e uma guitarra e achei que meu lazer seria sempre a música: vi que tocar instrumentos definitivamente não é pra mim.
E eu acreditei por tanto tempo que tinha certeza do que eu gostava, de aonde queria estar, fazendo que tipo de coisas... e acreditar que eu tinha certeza do que queria me consolava e me deixava tão bem comigo mesma.

No fundo eu estava me enganando. Um dia acordei desse sonho inventado e descobri a verdade:
Não gosto disso ou daquilo. Nem quero estar aqui ou lá.
Gosto somente de viver e ser feliz. Seja aonde for, com quem for.
E ser cada vez mais e mais feliz.
E às mudanças... agora sim, espero sempre de braços abertos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tempo na minha cabeça

O tempo insiste em não passar. Que estranho. Há tão poucos dias entrei pela primeira vez em uma sala de aula cheia de microscópios. Estava atrasada, como sempre, e não consegui assimilar uma palavra sequer que aquela linda e novata professora de microbiologia proferia, com seu sotaque pra lá de americanizado.

E como se realmente fosse ontem, eu lembro de tudo. Do medo – e que medo. Medo do inglês, das provas, de não me adaptar, de me perder ou mesmo de perder a oportunidade.

Mas o tempo passou. Lutei contra os medos e os venci, um a um. Deixei para trás a angústia, as dúvidas e a insegurança, e a cada dia descobri uma nova paixão, um novo sonho. E o tempo voou.

E agora, de repente, o tempo volta a se arrastar. Já sei, é ele de novo: o medo. E como eu queria ter facilidade para lidar com tantas perdas de uma vez só, tanta insegurança e tanto medo.

Mas dessa vez, apesar das dúvidas e conflitos inerentes a esse processo, sei que é diferente. Eu estou preparada. Se sinto saudade: é só nostalgia. Não quero voltar ao passado, quero viver o futuro. E pra isso, hoje, tudo que quero é que o tempo volte a passar depressa e me surpreenda, novamente, com alegrias e realizações.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Não sou eu quem me navega

Se a gente tivesse o poder de dominar os sentimentos, será que a vida teria graça?
A gente escolhe com quem se relaciona, aonde gostamos de ir, que amizades cultivamos etc. Ou será que na verdade são apenas consequências daquilo que acreditamos, e da forma que vivemos?
Eu não consigo mandar na minha vida, é estranho mas ela que manda em mim. Eu penso coisas que, ás vezes, nem gostaria de pensar.
Ansiosa, amante, sonhadora. Irritada, cansada, triste. Tantas coisas que passam pela cabeça diariamente, algumas vezes me dão força, outras me fazem hesitar.
O pior é que acho que nada teria graça se eu conseguisse mandar na minha vida e nos meus pensamentos. Não me apaixonaria pelas pessoas improváveis, não trocaria uma noite de estudos por uma aventura no beira rio, e não sonharia acordada com um futuro que nem sei como será. Pode até parecer bom, mas não é. A alegria da vida é viver, e meu modo de viver é assim, deixando o mar me navegar.

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Linda, com seus cabelos demodê e seu vestido retrô. Ansiosa, taquilálica, divertida, entusiasmada. Ela pára, fala com um qualquer que está passando, pede desconto. E vai atrás de mais uma cerveja. Pedir fogo pro motorista do carro ao lado, enquanto para na sinaleira, pode parecer estranho. Pra ela não é. Ela é assim. Sua magia encanta, sua alegria contagia, sua beleza apaixona. Por esses, por mais mil motivos, faz meu coração bater mais forte e me deixa sem palavras. E quando volto, sempre quero mais. Muito, muito mais.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Vida

Acordo desorientada. Não, eu não dormi, penso. Na verdade só pisquei. Lembro de relance de acordar no meio da noite com os gritos do vizinho, mas nem lembro o que motivou a briga. Tomo leite e como pão integral com requeijão. Enquanto olho os emails boto a água pra ferver e tomo uma ritalina. Penso se um cigarro ia melhorar a situação, não sei. Eu sei que queria voltar pra cama e dormir mais 2h. Mas tento e não consigo. São 9 horas, eu preciso estudar, penso de novo. E pra não acabar surtando ou enlouquecendo resolvo parara de pensar. Fecho o pc, pego o café, abro a janela. E que venha mais 5 semanas de estudo. Se vou passar não sei, mas sei que ficarei com a sensação de missão cumprida.